por Yuri Lawrence de Oliveira Carvalho O medo é uma característica muito presente no cidadão, em consequência na sociedade.  O medo...

TEMOR

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por Yuri Lawrence de Oliveira Carvalho

O medo é uma característica muito presente no cidadão, em consequência na sociedade.  O medo sempre acompanhará ao homem em seu desenvolvimento, da infância à mocidade, da mocidade à vida adulta, da vida adulta até a velhice e logo após o seu encerramento. Em cada fase de sua vida o homem terá medos diferentes.

Cada um de nós tem essa emoção que pode se aflorar, se transformando em fobia, prejudicando e dificultando as situações recorrentes da vida. Uma fobia se desenvolve através de um trauma ocasionado pelo medo. A fobia pode ser limitante ou não, irá depender da frequência de encontro com o objeto que provoca tamanho desconforto.

Segundo o psicólogo Nico Frijda as emoções, como o medo, são processos espontâneos e biológicos fora do nosso controle. Estas emoções são biologicamente herdadas ou inatas e estão presente nos animais, quando essas emoções estão em atividade elas nos preparam o para agir.  Diferente dos animais, o homem tem a capacidade de ocultar tais emoções se comportando diferentemente do que sua emoção expressa

O medo surge por advento da ignorância, a ausência de conhecimento faz com que percamos o controle em contato com o real. Temos receio do escuro porque não temos clareza do que está defronte, temos medo de afogar quando não nadamos, o susto vem seguido de uma surpresa, tenho pânico pela minha falta de controle.

O homem teme objetos, lugares, pessoas, situações, Deuses. O temor a Deus é uma forma eficaz de controlar os impulsos que o homem vem a ter diariamente, juntamente com esse medo, inicia-se um processo de melhorias à humanidade: vem o respeito ao próximo; vem a bondade; vem a gratificação pela vida.

O maior medo que o ser humano possui é o medo de sua morte violenta, com esse medo o homem foge de circunstâncias em que a morte pode surgir como resultado final. A partir do medo do futuro, nasce a prevenção. Quando não se tem uma clareza do que pode acontecer no amanhã você abriga, protege, economiza, estuda aprimorar, cria laços.

 Em certo momento o homem decide que conviver com os demais em harmonia é melhor, viver constantemente em conflito é viver constantemente com medo, o que torna a vida difícil e improvável. Portanto ele começa a interagir com os outros, comercializa, ajuda, defende, ama, respeita, cria vínculos, compartilha. Surgindo assim uma sociedade, onde o medo é a emoção fundadora.

Referências: Nico Frijda – The Laws of Emotion – 2006
                   Thomas Hobbes – Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil

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