por Heitor G. Volff  Pereira Da filosofia do ensino médio, considerada por muitos um clichê, até os conceitos filosóficos do ensino sup...

IGNORANTE VS. INTELIGENTE: Uma pequena reflexão sobre aqueles que não respeitam

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por Heitor G. Volff  Pereira

Da filosofia do ensino médio, considerada por muitos um clichê, até os conceitos filosóficos do ensino superior, é comum que as pessoas tenham certo apreço pela palavra “filosofia” e tudo o que é derivado dela. Parece ser extremamente prazeroso o ato de questionar-se e obter respostas através de profunda reflexão, bem como é prazeroso para um indivíduo participar de um debate e saber problematizar certo assunto pelo simples fato de que o seu intelecto é alimentado constantemente por livros dos mais diversos e conhecidos autores das mais diversas áreas. A filosofia também é aplicada em casos quando, por exemplo, um indivíduo se depara com um acontecimento surreal, algo que, a princípio, foge da compreensão humana. Movido por um sentimento de incredulidade, ele pesquisa diversas fontes e, baseado no que descobriu e aprendeu, tenta interligar os fatos para ver se o acontecimento presenciado de fato é considerado possível dentro da nossa realidade ou não.


O senso comum é aquilo do qual podemos considerar um inimigo deste indivíduo, pois ele reluta em acreditar que presenciou um fenômeno surreal, sobrenatural ou da maneira como você, meu amigo leitor, queira chamar, pois para ele, o que para muitas pessoas é um objeto voador vindo de outra dimensão, pode ser apenas um experimento científico, militar ou, até mesmo, algo totalmente “explicável” através de noções básicas de física ou química. Ele pode até admitir que haja a possibilidade de ter presenciado algo d’outro mundo, mas ainda tem uma fundamentação racional para dissertar sobre tal acontecimento, seja em um almoço de família ou no encontro de amigos em um boteco, sendo este um indivíduo que respeita toda uma questão relacionada a crenças, sejam elas fundamentadas nas mais diversas ciências ou apenas no imaginário de uma sociedade em constante mudança, e sabe usufruir de seu senso crítico para criar possibilidades e levantar questionamentos acerca da linha tênue que separa o racional do irracional, o real do surreal.

Isso não é mera suposição, isso é admirável realidade. No ramo da Ufologia, por exemplo, podemos destacar dois grupos bem distintos: aqueles que se dedicam ao estudo de tal ciência em sua totalidade, dos aspectos históricos aos científicos, caso a caso; e aqueles que mandam muito bem na edição de vídeos e imagens, além daqueles que se dizem céticos totalmente, mas que, se indagarmos sobre o porquê de serem adeptos do ceticismo, não saberão nos responder e apenas vão contra-argumentar com o uso de um sem sal, mas também sem muito doce “isso é loucura, você está louco em acreditar nisso tudo”... Sortudo é aquele que acredita e sabe como defender suas convicções, bem como fundamentar suas respostas, inclusive.

A princípio, este texto pode não ter sentido, mas serve como uma reflexão acerca daqueles que usam a palavra filosofia como um mero instrumento para espancar a opinião alheia, se é que você, caro leitor, me entende. Tenho medo desse tipo de gente, e creio que todos aqueles que realmente fazem o uso de tal palavra não apenas da boca para fora deveriam temer estes indivíduos. Muitas vezes, o que você considera como loucura, pode ser uma ótima oportunidade para aprofundar um pouquinho mais o seu conhecimento na física, na química ou, como acontece na Criptozoologia, o processo de evolução de uma espécie.


Para finalizar, eu deixo a pergunta no ar, se você é um ignorante ou sabe fazer um bom uso da filosofia, se você realmente estuda sobre aquilo que acredita ou apenas gosta de enganar as pessoas que não possuem certo nível de capacidade intelectual. E aí, meu chapa, o que você é? Se você se sentiu culpado ao ler este texto e sabe que não vai morrer tão cedo, é bom voltar atrás e se retratar com alguns “loucos” que você magoou.

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