por Tiziana Cocchieri (Imagem: Rene Magritte – Decalcomania ) Prólogo - Será que verdade é o que entendemos por verdade? COLAPSO ...

COLAPSO DA VERDADE

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por Tiziana Cocchieri
(Imagem: Rene Magritte – Decalcomania)
Prólogo - Será que verdade é o que entendemos por verdade?


COLAPSO DA VERDADE
A verdade é amor – escrevi um dia. Porque toda relação com o mundo se funda na sensibilidade como se aprendeu na infância e não mais se pode esquecer.
Vergílio Ferreira


   Tudo que se conta em números é por ter valor pra quem está contando. E a verdade - que tem valor - como pode ser contada?
A tecnologia dos computadores estimulou grandemente nossas contagens e parece que tudo pode ser contado, também a verdade. Alguém diria: O conhecimento está tão ao alcance da ponta dos dedos como nunca antes. A pergunta é: Por que a verdade tem de ser contada? Mas, aí pergunto, por que alguém iria querer viver sem ser de verdade?
A verdade parece estar fragmentada e dispersa entre números e letras, esvanecendo-se. Também parece que as instituições foram estabelecidas para que se pudesse garantir a permanência dos números e das letras da verdade; todavia, essas mesmas organizações tornaram-se entidades por si só. Frequentemente são usadas para interesses próprios, que por sua vez, procuram perpetuar a organização. Logo, o que era no começo, mudou, e não mais a organização perpetua-se para manutenção da verdade, mas novas verdades são produzidas para a manutenção da organização. Passível de entender que em tempos de colapso, a organização opõe-se à verdade, e frequentemente o senso particular é aniquilado sutilmente para servir de apoio para a manutenção da organização, só não deveria ser aceitável.
Contudo, poderia haver um mundo com múltiplas organizações, mas e um mundo sem verdade? Há uma pista: Indivíduos que liberam-se de organizações estariam aptos para identificar uma condição de verdade. Em outro dizer: “Se você quiser saber da verdade, terá de tornar-se independente”. Porém, há uma advertência - os que fogem das letras e números das organizações são chamados de loucos. Então, o que se ganha com isso? Ora, sair da organização que amarra as massas, e descobrir a verdade por si só. Este mundo, em seu final para mim tem um fim em si só ou um grande propósito? Pois se não houver propósito, não se haveria de arriscar ser chamado de louco e ficar só, pensando por si.
Saber o que se quer é um grande propósito. Querer faz parte do interesse, e o querer para si, é parte do próprio de cada qual. Querer para muitos é que é difícil, principalmente quando o para si só é prejudicado. E a verdade onde se encaixa nesta equação? ... Ela? A que se pensa ter muitos números e letras, colapsa, claro.


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