por  Yuri Lawrence de Oliveira Carvalho Cada vez mais nossas livrarias estão ficando abarrotadas de livros ensinando quais são as m...

Quero vencer!

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por Yuri Lawrence de Oliveira Carvalho

Cada vez mais nossas livrarias estão ficando abarrotadas de livros ensinando quais são as melhores maneiras de se viver. Isso vai desde as 10 maneiras de educar seu cachorro até os 30 passos para se tornar uma pessoa bem sucedida. Precisamos de ajuda, acordar todo santo dia é um tremendo sacrifício, é preciso nos preencher com doses de mensagens motivacionais para podermos encarar o fardo de viver.

O bombardeio de mensagens adoráveis, positivas é incessante:
“Seja o melhor”
“Você é o vencedor”
 “Só você consegue”,
“Não seja contra as pessoas bem sucedidas, se torne uma delas. Apenas compre meu livro e veja a mágica funcionar. ’’


Há um o excesso de vencedores, a cada esquina encontro um, o engraçado que enquanto os vitoriosos fazem questão de aparecer, os derrotados se escondem, fogem do estrelato. A cada dez histórias de superação e conquistas encontro uma de fracasso e derrotas. Toda essa cultura baseada na vitória, como conseqüência desvaloriza a derrota, os perdedores, são uns infelizes “pobres coitados”.
Desde nossa infância somos incentivados a ganhar, nas pequenas competições escolares, feiras de ciências e demais concursos ocorridos nesse ambiente. O que realmente importa é o primeiro lugar. Nós como pais adoramos vangloriar sobre os feitos surpreendentes que, por ventura, somente nosso filho é apto a realizar. Mas sempre dói saber quando seu filho não é tão fantástico quanto o do vizinho, que vence seu tão amado prodígio em atividade que você imaginava que seu filho era o campeão. Creio que na sua memória, dificilmente você irá se lembrar com alegria o momento em que você foi o 3° colocado, ou então quando nem conseguiu chegar ao famigerado pódio.
O prazer da vitória é simplesmente pode usufruir do poder de subjugar seu adversário, mostrar sua superioridade, sua magnitude. Já a dor da derrota é a soma da sua inferioridade junto com o ressentimento da capacidade que você não possui e o seu concorrente desfruta de tamanha habilidade.
Porém sabemos muito bem que nossas batalhas vão se tornando cada vez mais difícil de vencer e por uma ironia do destino a derrota se torna recorrente. Pronto o mundo desaba na nossa frente, não estamos preparados, pois fomos condicionados a pensar que perder de todo é ruim, e quanto mais eu perco pior eu me torno. A alegria só anda com o vencedor; para o derrotado às lamúrias da vida.
Chega um momento que é preciso aceitar a derrota, contudo raramente lidamos com ela como se fosse nossa companheira. Fico ressentido, amargurado, infeliz, ou seja, me sinto um perdedor. Para por um fim nesse sentimento eu compro, consumo e adquiro qualquer coisa que por um breve momento me torne novamente o vencedor, até mesmo para isso eu tenha que seguir uma cartilha de trezentas metas absurdas para no final me afastar de ser um loser e novamente eu estar entre os vitoriosos e felizes.


fonte da imagem: https://static.pexels.com/photos/3797/black-and-white-sport-fight-boxer.jpg













                      


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